Autoconhecimento

Quem é o responsável pela sua cura?

Quando falamos sobre a palavra cura, nos vem à mente algumas possibilidades ou inúmeras ferramentas que podem nos levar a alcançar essa tal “cura” que tanto buscamos ou desejamos. Ela pode ter muitas definições por diversos segmentos, e por conta disso, pode existir uma ideia distorcida sobre quem é o responsável pela cura: o terapeuta ou o próprio cliente ou solicitante.

Por conta disso, cabe observamos que a cura pode ser considerada como um processo interno, de longa duração, onde se faz necessário o suporte e auxílio de determinadas técnicas, sejam elas de ordem física, energética ou espiritual. O ponto chave e importante nesse processo é, justamente, a abertura que a pessoa dá para que seja iniciado o caminho da cura interior. A cura depende de um elo que é feito entre o terapeuta e o seu cliente, onde essa parceria deve ser de confiança, para que as duas partes possam, em conjunto, determinar o tempo, o caminho e as várias possibilidades de terapêuticas que devem ser usadas durante o processo.

Entretanto, apesar do trabalho em conjunto entre as partes, o que pode prolongar, ainda mais o processo, são os relances de “resistência” de pode ocorrer de uma das partes, na maioria das vezes do cliente em questão. Essa resistência poderá ser por conta do medo de mudança, do receio de mexer no porão da alma, de lidar com traumas e bloqueios que exalam sentimentos inferiores, na qual acabam sendo o impeditivo da continuidade do trabalho terapêutico em alguns casos. Pode ocorrer também, do terapeuta não conseguir compreender de maneira clara o que está ocorrendo e insistir com uma técnica que, talvez, não seja a mais adequada para aquele momento, seja pela situação de crise emocional ou por outros fatores apresentados naquele caso.

Cabe da parte do terapeuta buscar um mecanismo que possa acertar em cheio um determinado ponto para que esse processo seja positivo e efetivo, sem deixar de mexer nesse vespeiro emocional e mental que a pessoa tem dentro de si.  Todas as técnicas são importantes, válidas e tem a mesma finalidade. Porém, saber qual delas é a mais apropriada para aquele momento se faz muito importante, pois nem todo cliente age de maneira igual, cada um é um universo a ser desvendado.

Ainda sobre a resistência, podemos perceber que ela pode existir por conta de experiências anteriores mal sucedidas, e que por conta disso, a pessoa encontra dificuldade em lidar com a mudança interior, pois suas vivências com relação a esse ponto foram péssimas. Nestes casos, é importantíssima a busca de autoconhecimento, ou seja, aproveitar para se entender, sem preconceitos, se permitir fazer uma autoanálise e compreender a sua complexidade, os gatilhos dos seus desequilíbrios, para justamente buscar um caminho diferente e mais harmonioso para si.

Portanto, a responsabilidade da cura não é apenas de um lado, mas acabam sendo de ambas as partes: do cliente e do terapeuta, porque um foi eficaz na utilização das técnicas, e a outra parte também foi eficaz pela abertura e coragem de trabalhar suas resistências e medos da transformação (obtendo seus méritos), e ambos foram eficientes por caminharem juntos nesse objetivo.  

Marcelo U. Syring

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